sábado, 11 de maio de 2013

A VIDA DE UM PINHEIRINHO


            No inicio tudo era escuro, silencioso, quente e úmido. Aos poucos sentia que irradiava-lhe a vida e brotavam-lhe raízes e troncos, brotinhos ainda mas logo alcançaram a superfície e o alimento. Folhas saíram de seus troncos e pequenos raios de sol começaram a alimentar sua seiva.
            Foi percebendo ao seu lados enormes arvores fortes e robustas. Muitas de sua espécie, outras de varias outras formas e cores. Muitos animais passavam ao seu lado, aos poucos conforme ia crescendo estes vinham abrigar-se a sua sombra.
            Vivia feliz ao lado de seus colegas na floresta dos pinheirinhos, tornara-se com o passar do tempo um jovem e belo pinheiro amigo de todos. Gostava de ver a vida dos demais habitantes da floresta. Passarinhos que de ano em ano vinham fazer seu ninho em seu galho. Cachorros do mato que marcavam território em seu tronco. Insetos que faziam seu habitat em suas raízes.
            Um dia tudo amanheceu cinza a chuva fina tomava conta de toda a floresta. Os pássaros quase não cantaram de manha. Em determinada hora grande alvoreço toma conta de toda região. As arvores gritavam desesperadas. O jovem pinheirinho pergunta com temor em sua voz:
            - O que esta acontecendo?
Um velho pinheiro Forte e robusto responde: 
-São os homens que vem em busca da madeira de nossos troncos.
Antes que o pinheirinho pudesse entender ouve bem perto um forte ruído de serra e uma profunda dor. Os lenhadores cortam o pinheirinho e o fazem tombar.
O pinheirinho é colocado desacordado em um caminhão a beira da morte. Viaja para longe. No meio da viajem já quase sem forças acorda e num surto de vida e se transporta para uma semente que esta em seu galho e lança-se ao vento.
A semente cai em terra fértil e logo vem o vento e a enterra, vem a chuva e a brota.
Ao lado de onde o pinheirinho renasceu estava sendo construída uma Casa, conforme o pinheirinho crescia a casa ia ficando pronta. O pinheirinho ganhava folhas a casa ganhava telhado. Nesta Casa foi morar a menina Tarsila. Ela brincava a sombra do pinheirinho todos os dias com sua cachorrinha Minei. Viveram La feliz por muitos e muitos anos.

Escrito pela primeira vez quando eu tinha uns 14 anos.

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