segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Publicado no Jornal do Amigo Casseb




À Direção do Instituto A CASA,
Venho por meio desta, relatar um grave fato ocorrido, às sete horas da manhã, no cruzamento da Rua Batista Cepellos com a Rua Topázio, no estabelecimento, denominado “Padaria Topázio”.
Adentrei o estabelecimento referido, portando uma bandeira vermelha enrolada, para tomar um café da manhã e me dirigir à manifestação do “Grito dos Excluídos” promovido pelos Movimentos Sociais e a “CNBB”.
Ao encontrar um funcionário de origem Espanhola (não é este o dono da padaria) do Mercado situado à Rua Batista Cepellos, ao lado da padaria comentei com ele “vamos à luta?”
Após este comentário, o proprietário da Padaria disse: “PT aqui não”. Ao qual respondi, abrindo a bandeira, “Não é PT é CMP”.

Ao tentar manter este diálogo, fui expulso do Estabelecimento, e este senhor disse mais: “O que este País precisa é do Garrastazu Médici.  Diante deste fato, disse um palavrão e que nunca mais frequentaria o Estabelecimento de um torturador. (Acredito que praticar a tortura, financiá-la ou apoiá-la é da mesma forma um crime Hediondo).Posto isso, gostaria de analisar o ocorrido: Eu sou uma pessoa que usa barba, muitas pessoas têm preconceito sobre este fato. Sou uma pessoa que tem uma deficiência física, uso uma bengala, da mesma forma existe um estigma contra esta característica. Sou uma pessoa obesa, tenho 149 quilos. Assim, não fazendo parte dos padrões estéticos estabelecidos pela classe dominante. Também, uso roupas simples que não são de griffe, o que causa em muitas pessoas medo e receio. Sou morador da rua Batista Cepellos, frequento a Igreja Nossa Senhora do Carmo e sou Paciente desta Clínica, na Rua Dr. João Maia, desta forma sou conhecido por ter transtorno mental, o que nunca escondi de ninguém, mas que gera muito preconceito. Posso depreender que a reação preconceituosa que sofri, vem desta minha condição de ser humano, que é contrária aos padrões estabelecidos pelos meios de comunicação, com a função clara de lucrarem com a indústria farmacêutica, estética e de segurança, entre outras. Incutindo falsas necessidades aos individuo e à sociedade. No entanto, quando se apregoa a exaltação do regime de exceção na figura de quem nos últimos sessenta anos foi o maior construtor do aparelho repressivo, incentivar e formador de quadros de torturadores que ainda perduram na PM, FEBEM ou Manicômios e desrespeitador dos Direitos Humanos esta não é uma questão de preconceito e de ignorância, mas uma postura Ideológica que deve ser combatida e execrada da sociedade Brasileira.   Diante deste ocorrido solicito um posicionamento da Direção do Instituto A Casa!                         Sem Mais,                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            São Paulo, 08/09/2013                                                                                                                                                                      



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